Na sequência de um artigo que saiu no jornal Público no dia 21 de Dezembro de 2006, resolvo declarar aqui a minha posição em relação ao referendo para a despenalização do aborto até às 10 semanas de gravidez.
Quando é que alguém resolveu achar que a pena a aplicar por um erro, seria a cumprir pelo bebé que ainda não sabe sequer porque vai nascer?
Esta não consciência não é desculpa a ser utilizada para que se possa aniquilar uma vida, que por esse mesmo factor, não pode escolher se quer viver.
Claro que há aqueles que estão já a pensar, que sou um radical desumano que nem pensou sequer que há pessoas que são violadas correndo o risco de terem um filho nestas circunstâncias. E que ter um filho assim é uma violência que não traz nada de bom a nenhuma das partes.
Claro que quem assim pensa, pensa também que este referendo é para resolver estes casos. Pois enganam-se, a lei já cobre esses casos.
a) constituir o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida ou casos de fetos inviáveis (sem limite de tempo);
b) se mostrar indicado para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física e psíquica da mulher grávida e for realizada nas primeiras doze semanas de gravidez;
c) houver motivos seguros para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de doença grave ou malformação congénita (aborto eugénico), e for realizado nas primeiras 24 semanas;
d) a gravidez tenha resultado de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual (por exemplo, violação) e a interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas.
É preciso mudar a lei?
Por que carga de água?
Queremos nós promover o homicídio assistido com que interesse?
(ver lei acima)
Nenhum comentário:
Postar um comentário